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Maldivas

As Maldivas estão no imaginário da maioria das pessoas como aquele paraíso padrão na Terra. E de verdade, as Maldivas são tudo que se fala e espera dela. Um conjunto de atóis que reúne milhares de pequenas ilhas, pra ser exato 1196 e apenas 200 habitadas. Essas ilhas estão distribuídas em 26 atóis. Os atóis são o topo de uma cordilheira submarina que se ergue no oceano índico. A parte clarinha da água que você ver em várias fotos das Maldivas, é justamente a parte de dentro do atol e sempre rasa de fundo de areia branca. A parte mais escura , é justamente a parte da borda de fora do atol, que em alguns lugares chegam pra profundidades abissais. Veja no vídeo ao lado a vista aérea da chegada as Maldivas. Sendo assim, para os amantes do mergulho, seja autônomo ou em apnéia, as Maldivas, possuem infinitas possibilidades. Você provavelmente iria viajar a vida inteira para as Maldivas e nunca chegaria a explorar todos os points de mergulho. 

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Chegar as Maldivas, para um brasileiro não é uma tarefa muito simples, não temos vôos diretos. A viagem é feita em duas etapas, a primeira opção é voar para Abu Dabi ou Dubai com a Qatar Airways ou com a Emirates respectivamente. O vôo para Dubai, que é por onde fomos dura 14 horas e você ainda vai precisar de uma espera em conexão de 3 a 6 horas, para pegar um vôo direto a Malé que vai levar mais 3 horas. Chegando em Malé, fomos recepcionados pelo pessoal da EMPEROR MALDIVES, que nos levou direto para a embarcação Voyager, nossa casa pelos próximos 7 dias. Fomos recepcionados no Voyager com um  coquetel de boas vindas, não alcoólico claro. E já recebemos as primeiras orientações de como funcionaria os dias embarcados. Todos de pé as 6 horas da manhã e depois de um desjejum, estávamos a postos para ouvir e ver o primeiro briefing do  dia. Era a primeira experiência de todos em vivenciar um liveaboard. A grande questão, para meus queridos aventureiros é como se comportariam vivendo num barco e fazendo 3 mergulhos por dia. Será que ficaríamos entendiados, será que ficaríamos enjoados. Para mim pessoalmente, essa dúvida não existia, e pude comprovar isso logo no primeiro dia. O dia passou como um flash, quando menos percebemos já estavamos apreciando o por do sol no deck do nosso Voyager.  

Nosso barco Voyager da empresa EMPEROR MALDIVES

Todos os mergulhos eram detalhadamente explicados com direito a croquis de cada ponto que deixava o mergulho bem mastigadinho para todos. Após o primeiro mergulho da manhã, já éramos recebidos com um farto café da manhã e após o café , quando menos esperávamos já estava na hora do próximo briefing para o segundo mergulho do dia. A volta do segundo mergulho, já nos reservava um almoço com várias opções e que mesclava comidas internacionais temperadas com a culinária asiática. Tudo uma delícia. Após o almoço, uns curtiam ir para o quarto para um descanso outros iam para o deck superior para aproveitar o dia de sol. E lá pelas 15 horas iniciavámos o briefing do último mergulho do dia. Voltávamos do mergulho já com a luz do fim da tarde quase se pondo. A noite, não sobrava muita coisa para fazermos, após 3 mergulhos e um jantar que nos deixava completamente saciados, restava ajeitar os equipamentos eletrônicos para o dia seguinte, um bate papo ou um joguinho de tabuleiro na nossa sala de reuniões e normalmente por volta das 22 horas todos já estavam recolhidos em seus quartos, com aquela sensação de dia cumprido e corpo cansado mais feliz e pronto pra se recuperar para o dia seguinte.

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Esse foi o roteiro que fizemos por 7 dias entre os principais atóis das Maldivas

O nosso roteiro começou no atol de Malé do Norte, onde realizamos dois mergulhos nos pontos Korumba, que ficava em frente a um dos inúmero resorts que existem nas Maldivas. O segundo point do dia recebia o nome de Lankan Finolhu. De lá seguimos viagem para o Atol de Malé do Sul e começamos o dia com um mergulho num point chamado Kuda Giri  e depois no point Kandooma Thila, dai seguimos para o Atol Vaavu onde terminamos o dia mergulhando no point Miyaru Kandu. Passamos a noite nesse atol e logo pela manhã fizemos o primeiro mergulho do dia no point Alimatha Kandu. Logo após o mergulho e enquanto já tomavamos o café da manhã começamos a navegação de 4 horas em direção ao Atol Ari do Sul. Seria o maior tempo de navegação a ser feito durante a semana, para atravessarmos do entre os dois maiores atóis das Maldivas. Em todos os mergulhos realizados a presença de tubarões galha branca e de recifes foram constantes, além de uma diversa variedade de peixes. A ida para o Ari Atol do Sul, seria o dia para irmos em busca dos tubarões baleia e as Raias  Mantas. Ver um tubarão baleia era o carro chefe de nossa viagem. Especialmente para mim. Instrutor há mais de 20 anos, tendo mergulhado com quase todo tipo de animal marinho em diversas partes deste planetinha, ainda faltava no meu dive log um tubarão martelo, um tubarão tigre e um Tubarão Baleia. Branco a gente não conta porque com esse só se for em jaula e provocando o encontro. É quase como ir num zoológico. Essa era a maior chance real de encontrar esse magnifíco animal. E o dia prometia, diversas embarcações patrulhavam a área onde é comum nesta época do ano o bichano aparecer. E ele surge próximo a superficie, sendo possível mergulhar com ele apenas de mascara e snorkel. O aviso foi dado para que todos estivessem prontos, para ao primeiro sinal cairem na água. Foram dois alarmes falsos, fazendo com vários mergulhadores das embarcações vizinhas e os nossos entrássemos correndo na água para ver quem seria o primeiro a encontra-lo. Depois das frustações dos alarmes falsos, foi decido que faríamos o mergulho autonomo ali mesmo ao longo do recife onde supostamente nosso amigo estaria circulando. Capimos divididos em dois grupos, e depois de quase 1 hora de mergulho nosso grupo subiu a superfície sem avistarmos nosso tubarão baleia. 

E qual foi a surpresa quando em conversa com o segundo grupo, descobrimos que eles conseguiram o tão esperado encontro. E pior , tinham provas materiais. rs rs . A frustação e decpção do nosso grupo foi ainda maior. como podíamos ter estado no mesmo espaço que um bichão de mais de 5 metros e não o encontramos?  Essa é a graça do mergulho, a vida está ali passando na sua frente e tudo pode mudar em instantes.

Depois do mergulho em busca do nosso tubarão baleia no point Seventh Heaven , partimos em busca da segunda promessa de nossa viagem que era fazermos mergulhos com as grande Mantas. Embora eu já tivesse mergulhado diversas vezes com este animal, todos os outros nossos mergulhadores do nosso grupo, nunca haviam visto uma. Inclusive meu amor e companheira. A promessa desse point, chamado de Maamigili Outside era de que estaríamos visitando o que eles chamam de cleam Station. Isso mesmo, uma estação de limpeza para as Mantas. Onde elas vêem e pequenos peixes ficam beliscando as partes do corpo da manta para retirarem o que poderíamos chamarmos de "cracas". E desta vez, a expectativa confirmou-se na realidade. Depois de alguns minutos após termos chegado na cleam station e todos serem orientados a ficarem presos por ganchos nas pedras, no sentido contrário a correnteza, no meio do azul surge imponente uma grande Manta e logo em seguida outra. Elas ficam num indo e vindo em direção a pedra que seria o ponto da cleam station, esperando que os pequenos peixes façam o serviço. O pessoal do nosso grupo pirou, todo mundo voltou do mergulho em êxtase. Seguimos após este mergulho navegando pelo Ari Atol do Sul em direção ao Ari Atol do Norte e realizamos ainda no Ari atol do Sul excelentes mergulhos nos points Kuda Rah Tila, o espetacular five rocks , Mahibadhoo Rock, Dhiga Tilla e Moofushi.

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E assim seguimos navegando em direção ao Ari Atol do Norte, passando por várias pequenas ilhas com seus resorts maravilhosos e as suas praias de areias brancas e aquele mar espetacular formado por pequenos atóis. No Ari Atol do Norte fizemos os mergulhos nos points Fish Head, Maaya Tila e Maaya Lagoon, este último era um noturno feito na popa onde nosso barco estava ancorado, com refletores colocados apontados para a agua e no fundo várias lanternas acesas mirando para cima, com o objetivo de atrair as Mantas para um balé noturno atrás de seus planctôns para se alimentarem. E mais uma vez, a promessa se cumpriu. Em poucos minutos duas Mantas imensas se aproximaram e ficavam num ritmo frenético indo e vindo seguindo os flash das lanternas acessas que formavam um caminho para as Mantas.

Dormimos com o barco ancorado neste ponto e mesmo depois de mais de 1 hora de mergulho e todos tendo saído da agua com overdose de Mantas, elas continuavam lá. No dia seguinte partimos para o último mergulho da semana, para depois pegarmos 4 horas de navegação para atravessarmos o mar que liga o Atol de Ari ao Atol de Malé, no caminho paramos no pequeno Atol Rasdhoo e este último mergulho parecia escolhido a dedo pelo pessoal do nosso liveaboard Voyager, isso porque ele conseguiu reunir um pour pourri de tudo que nós vimos nos mergulhos em uma semana nas Maldivas. Cardumes de raias Xitas, Tubarões Galhas Branca, Moreias, Tartarugas, vários cardumes, peixes leão , peixe Napoleão, enfim praticamente tudo.Só faltou Tubarão Baleia e Raia Manta.  

Chegamos finalmente de volta ao Atol Malé do Norte e ficamos com aquele sentimento que o liveaboard é realmente a melhor opção se você deseja fazer uma viagem de mergulho, Você tem tudo no mesmo lugar. Acomodações confortáveis, refeições de primeira e o mergulho na sua cara. Nos despedimos das Maldivas com a certeza que se voltarmos mais 10 vezes nessa vida, ainda assim, não conseguiremos mergulhar nem em 20% das possibilidades que as Maldivas oferecem. Abaixo nós temos os vídeos de todos os points de mergulho que fizemos nas Maldivas. Selecionamos o que melhor vimos em cada mergulho. Ao lado nossas melhores fotos da nossa viagem.

Maldivas

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Mergulharte - Dive Point -Finger Point - Maldivas

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Mergulharte - Dive Point - Alimatha Kandu - Maldivas

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Mergulhos Incríveis - Dive Point - Mamigili - Maldivas 2021

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Mergulharte - Dive Point - Kuda Rah - Maldivas

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